Our AI-generated summary
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No atual ambiente altamente competitivo do varejo, otimizar as operações da cadeia de suprimentos não é apenas uma ação tática — é uma alavanca estratégica fundamental para melhorar margens, garantir a disponibilidade de produtos e apoiar metas de sustentabilidade.
No entanto, ao considerarmos o maior varejista de alimentos e bens de consumo rápido (FMCG) do país, que opera mais de 300 lojas em formatos variados (hipermercados, supermercados, lojas de conveniência) e um canal de e-commerce em rápido crescimento, a complexidade cresce exponencialmente.
Cada produto, loja e etapa do processo adiciona camadas a uma rede onde os trade-offs entre eficiência de custos e nível de serviço são constantes. Entender esse ecossistema de forma holística — e identificar onde intervir — exige mais do que dados: demanda uma quantificação rigorosa e detalhada da cadeia de suprimentos de ponta a ponta.
Nos associamos ao varejista para desvendar essa complexidade e gerar insights acionáveis. O objetivo era minimizar o custo total da cadeia de suprimentos, considerando os requisitos operacionais. Isso significava ir além da análise tradicional segmentada, avaliando e otimizando sistematicamente parâmetros-chave — como a política de separação de pedidos (o fluxo logístico no armazém, por exemplo, a mudança de uma política de estoque para um modelo flow-through com preparação) e o tamanho da embalagem entregue às lojas (por exemplo, tamanho da caixa) — para cada SKU.
O desafio estava em desenvolver uma metodologia capaz de ponderar as complexas implicações de custo tanto a montante (por exemplo, manuseio no armazém, transporte) quanto a jusante (por exemplo, reposição na loja, organização nas prateleiras), assegurando que as decisões melhorassem a eficiência geral, sem simplesmente transferir custos de uma parte da cadeia para outra.
O mencionado modelo de gêmeo digital foi desenvolvido utilizando metodologias analíticas avançadas que possibilitaram a criação de distintos cenários “e se” para serem usados por múltiplos stakeholders em toda a estrutura organizacional — as oportunidades e o valor a serem capturados tornaram-se rapidamente evidentes, à medida que diferentes abordagens podiam ser facilmente simuladas e quantificadas.
Uma característica chave da metodologia foi a capacidade de incorporar diferentes particularidades relativas a subconjuntos específicos de produtos (por exemplo, produtos de um fornecedor que trabalha exclusivamente com um fluxo logístico, implicando que mudanças deveriam ser simuladas para todos seus produtos) e características das lojas (por exemplo, diferentes formatos, como lojas de proximidade, que podem não suportar caixas maiores, fazendo com que os ajustes de embalagem considerem essa capacidade).
A adesão dos stakeholders foi fundamental para o sucesso do projeto, e a implantação na empresa foi planejada em sprints, garantindo uma implementação suave baseada na lógica do “valor primeiro” — as primeiras unidades de negócio a acessar a ferramenta foram aquelas onde o valor a ser capturado era mais evidente e claro.
Uma análise global das mudanças no fluxo logístico nas principais categorias FMCG (alimentos, bebidas, alimentos para pets etc.) demonstrou economias significativas ao transferir cerca de 20% dos produtos de uma política de estoque para um modelo flow-through com preparação, pois as economias de espaço e operações no armazém foram mais que suficientes para compensar o aumento da carga de trabalho e do espaço nas lojas, totalizando mais de 8% em economia direta total na cadeia de suprimentos.
Produtos frescos e congelados foram o foco principal na primeira iteração dos ajustes no dimensionamento das embalagens, com resultados promissores que sugeriram ajustes mistos de aumento/diminuição no tamanho das embalagens e caixas — o principal resultado foi uma redução de aproximadamente 9% nos custos totais da cadeia de suprimentos, destacando o potencial significativo de economia a ser capturado na otimização do tamanho das embalagens.