June 30, 2025

Inteligência Artificial na Europa: O Momento de Decidir é Agora

Ultrapassar Barreiras Regulatórias para Libertar a Inovação e a Competitividade Global

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A Europa está a ficar para trás na liderança da inteligência artificial devido a uma aversão excessiva ao risco e a uma regulamentação excessiva, que sufocam a inovação e o investimento. Enquanto os EUA e a China dominam com ecossistemas tecnológicos ágeis, a Europa carece de dimensão, com poucas exceções, como a Mistral em França. Para competir, a Europa deve adotar políticas mais inteligentes, como vistos para talentos em tecnologias avançadas, “regulatory sandboxes” e um mercado digital unificado. Investimentos estratégicos em infraestruturas de IA e ações arrojadas e coordenadas poderão reposicionar a Europa como um ator global no domínio da IA. O momento para agir é agora — antes que o fosso se alargue ainda mais.

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A Inteligência Artificial (IA) é, sem dúvida, a tecnologia mais transformadora do nosso tempo. E, no entanto, a Europa está a ficar para trás na corrida global para a liderar. Em todas as grandes tecnologias disruptivas, a Europa não lidera em nenhuma. A questão é — porquê?

A resposta reside, em grande parte, na nossa postura face ao risco. A Europa é justamente reconhecida por produzir regulamentações de alta qualidade. Somos especialistas em antecipar riscos, proteger os consumidores e priorizar a ética. Mas essa força pode tornar-se uma fraqueza quando resulta numa cultura que desencoraja a experimentação, a agilidade e a inovação. Regulamos antes de escalar — e isso torna-nos muito menos atrativos para investimentos de longo prazo e alto impacto.

Os investidores em tecnologia de ponta precisam de três coisas: clareza, estabilidade e previsibilidade. No entanto, grande parte do panorama regulatório europeu é ambíguo, particularmente quando se trata de riscos indefinidos ou emergentes. Esta incerteza legal sufoca a inovação antes mesmo de ela começar.

Entretanto, outros players globais movem-se rapidamente. Os EUA e a China — seja através de empresas privadas ou de abordagens dirigidas pelo Estado — criaram condições para que os seus gigantes tecnológicos prosperem. Google, Microsoft, OpenAI e Anthropic têm os seus centros de inovação nos Estados Unidos. A Europa, em contraste, tem apenas um punhado de exemplos isolados, como a Mistral em França. Estes são promissores, mas continuam a ser meras exceções.

Este atraso tem implicações sérias, mas a tendência não é irreversível. Com as políticas públicas certas — como vistos especializados para talentos em tecnologias avançadas — e aproveitando as nossas fortes redes universitárias, a Europa pode posicionar-se como um ecossistema altamente atrativo. Especialmente agora, num contexto de crescente incerteza global, a estabilidade política e social da Europa pode tornar-se uma vantagem competitiva — se a soubermos aproveitar. Ainda assim, temos de ser claros: isto não é uma questão de “apenas alcançar”. A Europa nunca esteve à frente. Trata-se de definir o nosso próprio caminho para o futuro.

E isso significa ação arrojada e focada em três áreas-chave:

  • Investimento estratégico em infraestruturas fundamentais, incluindo a fabricação de chips para IA — as chamadas “gigafábricas de IA”.
  • Regulamentação mais inteligente, utilizando estruturas como os “regulatory sandboxes”, que permitem a experimentação controlada em tecnologias emergentes.
  • E, o mais importante, a criação de um verdadeiro mercado único digital europeu. Uma empresa fundada em Portugal deve poder escalar por toda a UE sem enfrentar requisitos de licenciamento separados na Hungria, Estónia ou noutros países. Até que isso aconteça, continuaremos em desvantagem estrutural.
O que está em jogo?

Sim, o atraso da Europa na IA coloca os nossos negócios e economias em risco de perder relevância no cenário global. Mas o futuro não está escrito em pedra. Ainda não. Com coragem política, pensamento a longo prazo e ação coordenada, podemos construir um ecossistema competitivo de IA, enraizado nos valores europeus — e pronto para ter impacto global. O momento para decidir é agora.

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